Em casa de ferreiro...?

shooting the MGM logo, 1924

Há na RTP bons profissionais da imagem, do som, da edição, do guião, do texto e da narrativa, da realização, da ilustração gráfica, da reportagem e do jornalismo, da produção, etc., etc.
Tantos!
Serão centenas, milhares?
São criativos, habituados a trabalhar histórias e enredos, reais ou ficcionados, em que os protagonistas são sempre os outros – nós, o mundo.

Desta vez, o coração desta família profissional, palpita incomodado com o que se passa dentro de sua casa.
Há tanta coisa para contar, para perguntar, para explicar... e há sobretudo a vontade de exercer o direito inalienável de debater a verdade.
Mas pouco tenho visto por aí feito com o seu trabalho o seu saber.

Encontram-se uns blogs, uns posts, uns comentários de facebook, uns links, uns artigos.
É pouco, para as ferramentas poderosas que esta família domina.

Não falo dos meios da RTP, claro; nem dos conteúdos, nem das antenas. Não há apelos insurrectos nesta ideia. São gente com princípios éticos bem claros, não manipulam em causa própria.

Mas têm em casa as ferramentas e o saber: os telemóveis, as câmaras amadoras; têm os portáteis que fazem edição e grafismo; dominam as técnicas e têm o conhecimento das linguagens e das narrativas... Detêm, como todos, o acesso às plataformas digitais onde a opinião ainda vai circulando democrática e universal.

Que outra família profissional poderia gabar-se desta agilidade?
Estranho, não os ter visto por aí.

Se um viral, um flash mob, vlog, uma animação gráfica, um stop-motion, um stand-up, podem fazer milagres para alavancar uma ideia comercial, um produto de consumo, um serviço... Porque não fazê-lo, com criatividade e objectividade, para alavancar uma razão, um argumento válido esquecido ou filtrado pela comunicação mainstream, que eles também fazem, por obrigação de ofício?

Não é agitação panfletária, nem subversiva, nem cinema-guerrilha.

Um viral é um viral.
E um viral pode ter mais verdade informativa e mais visibilidade que uma entrevista em prime time.

Estou com eles. Espero vê-los mais por aí.

JS

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