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A mostrar mensagens de outubro, 2009

O Juiz Decide

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Seis meses depois da data que determinou o início oficial das emissões de televisão digital terrestre (TDT), nada está feito. A PT afirma ter aberto, aqui e alí, a “torneira” do sinal digital, mas nem uma pinga de conteúdos TDT corre nas casas dos consumidores. Portugal, sempre tão animado pelos choques de inovação tecnológica senta-se, nesta matéria, na fila de trás do comboio europeu, arriscando-se a falhar o calendário comunitário. A entidade reguladora é directamente culpada dos maus préstimos no “tratamento” do concurso público, e os comissários que nela prestam serviço deveriam, em tempo, ser chamados aos tribunais para responder pelos danos que as “suas” decisões políticas provocaram aos espectadores, aos investidores do sector audiovisual (*), aos técnicos, aos criativos e autores que vêm na Telecinco a esperança de ressurgimento do mercado adormecido e viciado (em jeito de cartel) pelos actuais players. À falta de melhor interlocutor foi o tribunal que agora veio dar razão à T

Um som olímpico

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Em 1987, quando regressei da Holanda, do projecto pan-europeu “Europa TV”, fundei a SINCRO, uma empresa produtora de audiovisuais que fez vida por aí na produção de conteúdos até definhar e morrer no final dos anos 90 derrubada pela torrente de outras mortes que me agitaram a vida. A SINCRO deu o primeiro emprego a alguns jovens que hoje são profissionais maduros e vão sobrevivendo às agruras do mercado. Alguns foram-me “roubados” bem cedo, pela emergência da “televisão privada” – a SIC, em 1992. Foram danos infligidos à SINCRO, que eu, “patrão cúmplice”, encarei com a maior pacividade porque tinha o coração dividido entre as duas casas. Um deles, o Nuno Duarte, apareceu-me na SINCRO recomendado por alguém... já não me lembro quem, e integrei-o na equipa como assistente de áudio. Lembro-me do Nuno, baixinho, calado, atento, perspicaz e cumpridor das tarefas operacionais que lhe eram atribuídas. Depois, na SIC, encontrávamo-nos por vezes em produções conjuntas – eu como realizador e o N

O alarme

Parto na auto-estrada

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Chicago, 13 de Outubro de 2009. Quase três da manhã. Tracy conduzia na Chicago Eisenhower Expressway visivelmente nervoso, enquanto Judy, sua mulher, se torcia de forma quase animalesca no banco ao lado, arfando e bradando palavras sem sentido. - Queres que pare já aqui? gritou Tracy. - Não sei! sussurrou Judy visivelmente assolada pelas dores de parto e em total negação com as circunstâncias em que o corpo se rebelava. Tracy tentou manter a serenidade e decidiu, sozinho, que não havia outra solução. Não conseguiria chegar a tempo com a mulher ao hospital. Seria mais prudente parar na berma, chamar a emergência médica e assumir que o seu quarto filho iria nascer ali mesmo, à beira da estrada. Que há de fascinante na aventura narrada nesta história? Nada. Bebés nascidos a caminho do hospital dariam para encher bairros de infantários. Ainda assim não chegariam a ser notícia. Mas a história poderá ganhar consistência se eu disser que a parturiente Judy, Judy Hsu, é pivô na ABC7 de Chicag