Ontem falhei o RIP ao Armstrong porque não estava cá. Sim, ao Neil, não ao Louis! ...esse, ainda não havia murais para partilhar RIP, na altura. Ontem foi pena, porque tudo o que toca a lua mexe com o meu, o nosso, imaginário. E o homem tocou-lhe, literalmente. O primeiro humano a chegar a três sítios: à Terra, à Lua e ao Céu. É obra! RIP para ele, pois então. Mas continuo desconsolado com esta coisa dos RIP digitais. Não pretendo ofender o sentimento e a memória dos que nos deixam. E medo da morte, tenho-o, sim. Mais do que da minha, da dos que me são queridos e próximos... e sei do que falo. Respeito, portanto. Mas, ainda que possa soar desconcertante, acho que devo dizer o seguinte: Primeiro, o RIP na comunicação da vida real não existe. É uma invenção das funerárias, dos lapidadores de mármore, que depois passou para os jornais e para o resto da comunicação social. Agora, condensado, diria mesmo, liofilizado, na muralha digital, torna-se aflitivo. Faz ...